Expansão da capacidade eólica desacelera; fonte alcança 33,7 GW, aponta Abeeólica
O Brasil continua a expandir sua capacidade eólica, embora enfrente uma desaceleração no ritmo de novas instalações. A Abeeólica prevê um panorama mais otimista no médio e longo prazo, mesmo diante dos desafios do setor.
Brasil registra aumento de 10,76% na capacidade instalada de usinas eólicas em 2024, totalizando 33,7 GW com 1.103 parques instalados, conforme o Boletim Anual da Abeeólica.
Apesar do crescimento, houve uma desaceleração na adição de nova capacidade: apenas 3,3 GW foram acrescentados em 2024, com 76 novos parques, comparado a 4,8 GW e 123 usinas em 2023.
Os investimentos no setor alcançaram R$ 10,1 bilhões, representando 8% dos investimentos em energias renováveis no Brasil, o menor porcentual desde 2015, segundo a BNEF.
A presidente da Abeeólica, Élbia Gannoum, classificou 2024 como “o mais difícil da história dessa indústria”, apontando a crise causada pela redução de contratos e seus efeitos futuros.
Apesar da crise, ela vê uma perspectiva mais positiva por conta do engajamento global na luta contra as mudanças climáticas e a transição energética.
O Brasil subiu uma posição no ranking global, agora ocupando o **quinto lugar** em capacidade instalada de energia eólica onshore, atrás de China, EUA, Alemanha e Índia. A capacidade eólica global totalizou 1.052 GW em 2024.