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Expectativas de inflação elevadas são como farol apontando para lado errado, diz diretor do BC

Expectativas de inflação desancoradas indicam necessidade de Selic elevada por mais tempo. Diretor do Banco Central destaca resiliência da atividade econômica e aquecimento do mercado de trabalho.

Diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, destaca que as expectativas de inflação no Brasil estão desancoradas da meta de 3% a curto, médio e longo prazo.

Esse cenário justifica uma política monetária mais contracionista por um período prolongado. Guillen mencionou que “este ciclo tem as expectativas desancoradas como um farol apontando para o lado errado”, durante evento do Barclays.

Ele explicou que expectativas desancoradas exigem uma taxa Selic elevada por mais tempo para manter a inflação sob controle.

Guillen também expressou preocupação com a durabilidade das expectativas fora da meta, que podem provocar gatilhos de reajuste mais intensos e aumentar a indexação da inflação.

A composição da inflação mostra que os núcleos estão acima da meta, refletindo uma demanda agregada resiliente na economia. “A atividade tem demonstrado resiliência, é um tema que nos acompanha há alguns trimestres”, afirmou.

Além disso, Guillen destacou o mercado de trabalho aquecido, com a taxa de desemprego caindo para 6,2% no trimestre até maio, conforme dados do IBGE.

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