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Expectativas de mercado indicam estabilidade no resultado primário; tarifaço de Trump eleva incerteza

Mercado financeiro avalia déficit primário de R$ 72,11 bilhões para 2025 e destaca riscos de novas tarifas dos EUA sobre exportações brasileiras. Apesar de ajustes nas projeções, há expectativa de cumprimento da meta fiscal com compensações.

Projeções do mercado financeiro para o resultado primário de 2025 permanecem estáveis, segundo o Prisma Fiscal. A mediana das estimativas aponta para um déficit de R$ 72,11 bilhões, ou 0,57% do PIB.

A expectativa retornou a patamares próximos a maio, quando se estimava R$ 72,69 bilhões. Em julho de 2024, o déficit esperado era de R$ 95,34 bilhões, mostrando uma melhora significativa nas projeções atuais.

As estimativas não incluem a dedução de precatórios, totalizando R$ 45,32 bilhões. Com essa compensação, o déficit ajustado seria R$ 26,79 bilhões, abaixo do limite inferior da meta fiscal.

Guilherme Mello, secretário de Política Econômica, alertou sobre os riscos da nova tarifa de 50% imposta pelos EUA, impactando 12% das exportações brasileiras. Ele destacou a desigualdade dos efeitos entre os setores.

O governo não tem uma projeção clara sobre eventuais tarifas, mas reconhece a possibilidade de retaliação. Mello também mencionou o risco inflacionário de medidas futuras.

Os efeitos das tarifas variam conforme a estrutura das empresas, mas o impacto macroeconômico deve ser limitado, pois o Brasil é menos dependente do mercado norte-americano do que há 20 anos.

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