Exploração política de irmão de Lula nas fraudes do INSS vira preocupação no Planalto, e petistas reagem
Governo e PT monitoram a situação de Frei Chico, que enfrenta investigações e tentativas de descredibilizar sua imagem. Entidade em que atua defende sua trajetória e aponta uso político dos ataques em meio à crise.
Preocupação no governo Lula: A exploração política da imagem de Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, causa alarme entre membros do governo e do PT.
Frei Chico, vice-presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), é investigado no esquema de desconto irregular de benefícios do INSS.
Seu nome foi compartilhado em grupos de direita para abalar a imagem de Lula, resultando em uma operação discreta em sua defesa.
Um assessor petista está discutindo um roteiro de defesa com Frei Chico, ao mesmo tempo que um amigo do presidente recomendou que ele se manifestasse publicamente.
Porém, uma viagem a Brasília e uma manifestação pública foram descartadas. O sindicato enviou um texto em defesa a senadores na última quarta-feira (14).
A entidade foi incluída pela Polícia Federal entre os investigados por supostas fraudes, mas não está no núcleo do esquema que visa o bloqueio de R$ 2,5 bilhões das associações, conforme ação da AGU.
O número de associados do Sindnapi aumentou de 237,7 mil (dezembro de 2021) para 366,2 mil (dezembro de 2023).
O Sindnapi se apresenta como uma das entidades mais respeitadas do Brasil, alegando que seu vice-presidente está sendo atacado injustamente devido ao seu vínculo familiar.
O texto reitera a trajetória de Frei Chico na militância e sua importância no sindicalismo, ressaltando que a entidade é autônoma e não recebe privilégios do governo.
Frei Chico integrou a diretoria do Sindnapi desde 2008 e tornou-se vice-presidente há um ano, sendo convidado pelo atual presidente, Milton Cavalo.