Explosão de demanda de mulheres por alimentos proteicos acelera o mercado wellness
O foco crescente das fabricantes de nutrição esportiva em atender o público feminino revela uma mudança no mercado, onde a busca por saúde e força ganha destaque em vez da simples perda de peso. Com inovações e parcerias estratégicas, as empresas ampliam suas amostras para conquistar esse segmento em expansão.
Boom do mercado de bem-estar impulsiona fabricantes de proteína, especialmente entre o público feminino. Mulheres cada vez mais buscam força e bem-estar, não apenas magreza.
A Applied Nutrition, após um IPO no Reino Unido, viu seu público feminino crescer de 20% para 40% nas vendas com a parceria da celebridade Coleen Rooney.
A rival Glanbia também nota essa mudança, com a Bloomberg Intelligence estimando um mercado de US$ 100 bilhões para nutrição esportiva. O CEO da Applied, Tom Ryder, subestimou o potencial desse público.
No primeiro semestre, a Applied Nutrition reportou receitas de £ 47,6 milhões (cerca de US$ 61,1 milhões), superando a expectativa de £ 46 milhões.
Mulheres mudaram seu foco de apenas perder peso para saúde, força e bem-estar cognitivo, como afirmado pelo diretor de marca da Glanbia, Colin Westcott-Pitt. A Glanbia se afastou da marca SlimFast, evidenciando essa transição.
Produtos para perda de peso, como os GLP-1s, podem impactar a demanda por proteína, pois esses consumidores necessitam de suplementação para preservar músculos.
A Applied Nutrition lançou o produto Complete Protein, focado em usuários de Ozempic. O aumento por alimentos ricos em proteínas e vitaminas reflete uma tendência de saúde e bem-estar.
O interesse por nutrição esportiva feminina cresce com maior conscientização e cobertura de esportes, destacando atletas como Cameron Brink e Lauren James.
Marcas estão inovando em produtos e embalagens para atender essa demanda, mas enfrentam desafios devido ao aumento no custo do soro de leite, que deverá custar quase US$ 200 milhões em 2025.
A longo prazo, especialistas acreditam que a tendência de crescimento da demanda por proteína continua forte, especialmente dependendo da oferta de soro de leite até 2026.