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Exportação brasileira de carne foi recorde em julho, mas vendas aos EUA apresentam queda em meio a tarifaço

Apesar das altas exportações de carne bovina do Brasil, a sobretaxa imposta por Trump gerou queda significativa nas vendas para os EUA. A China, por outro lado, se consolida como o principal comprador, aumentando suas aquisições e compensando as perdas no mercado americano.

Exportações de carne bovina do Brasil alcançam recorde em julho

As exportações brasileiras de carne bovina em julho atingiram 366 mil toneladas, um aumento de 27,4% em relação ao ano anterior, conforme dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

O valor das exportações cresceu 48% no mesmo período. Essa alta ocorre paralelamente às sobretaxas de Donald Trump, que em abril impôs uma taxa de 10% e, em julho, anunciou uma adicional de 40%, resultando em um total de 76,4% de tarifas.

Os Estados Unidos são o segundo maior comprador da carne brasileira, representando 23,6% das vendas, com 484 mil toneladas adquiridas de janeiro a julho. No entanto, as vendas para os EUA caíram de um recorde de US$ 306 milhões em abril para US$ 183 milhões em julho.

Em contrapartida, a China, principal cliente do Brasil, aumentou suas compras em 14%, totalizando US$ 4,082 bilhões em receitas. O país representa 44,5% das vendas ao exterior.

O Chile e o México também elevam suas importações, com o México apresentando um crescimento de 196% de 22 mil para 67 mil toneladas em 2025.

No total, entre janeiro e julho, o Brasil enviou 2 milhões de toneladas de carne bovina, um aumento de 19%. 124 países aumentaram as compras, enquanto 48 reduziram.

Impactos futuros: O tarifaço pode custar ao Brasil US$ 1 bilhão na venda de carne bovina aos EUA em 2025.

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