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Exportação de petróleo do Brasil para os EUA pode ser redirecionada, diz setor

Setor de petróleo brasileiro avalia alternativas às exportações para os EUA após sobretaxa anunciada por Trump. Apesar da preocupação, empresas acreditam ser possível redirecionar vendas para outros mercados.

Setor de petróleo brasileirosobretaxa às exportações anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, mas avalia que há outros mercados disponíveis.

A aplicação de reciprocidade pode impactar mais a economia brasileira, pois os EUA representam 23% das importações de diesel do Brasil.

Petróleo e combustíveis correspondem a 15% das exportações brasileiras para os EUA, totalizando US$ 3,2 bilhões em 2024, em comparação aos US$ 51 bilhões das exportações totais de petróleo e combustíveis.

A Petrobras, principal exportadora do país, está avaliando o impacto da tarifa, mas reafirma sua estratégia de buscar melhores alternativas.

Atualmente, a China é o principal cliente da Petrobras, representando 30% das exportações no quarto trimestre de 2024, enquanto os EUA corresponderam a 9%.

No mesmo período, os EUA foram responsáveis por 35% das vendas de derivados de petróleo da estatal.

Vitor Sabag, especialista em combustíveis, alerta que as importações de diesel dos EUA podem ser afetadas se o governo brasileiro adotar tarifas em reciprocidade. Ele também destaca que a Rússia é a principal alternativa ao diesel americano, correspondendo a 60% das importações, mas com riscos devido a sanções internacionais.

O IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás) preocupa-se com a sobretaxa, ressaltando as incertezas que ela traz para o setor, que representa 17% do PIB industrial e gera 1,6 milhão de empregos no Brasil.

Por fim, o IBP apela por um diálogo aberto entre líderes brasileiros e norte-americanos para encontrar uma solução diplomática e manter a estabilidade comercial.

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