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Exportações brasileiras dependem do setor privado; entenda

Empresas brasileiras enfrentam dificuldades para financiar exportações aos EUA, dependendo em grande parte de instituições privadas. O governo federal busca reverter essa situação com alternativas públicas, mas a recuperação do apoio do BNDES e do Proex ainda é incerta.

Exportações brasileiras aos EUA enfrentam desafios de financiamento

Empresas brasileiras precisam garantir competitividade nas exportações para os EUA, com financiamentos privados sendo predominantes. O governo federal busca alternativas públicas, como as linhas do BNDES e do Proex, mas a recuperação não é imediata.

A Febraban reporta um estoque de financiamento de R$ 138,8 bilhões até março de 2025, com concessões de R$ 69 bilhões em 12 meses. O BNDES indica que as instituições privadas respondem por 99,7% do financiamento às exportações.

Entre 1991 e 2024, o BNDES liberou US$ 21 bilhões para o financiamento pós-embarque para os EUA. Em 2023, os desembolsos do BNDES EXIM chegaram a US$ 767 milhões.

José Luis Gordon, do BNDES, destaca que a falta de apoio público resulta em perda de competitividade, citando um contexto onde mais de 90 países possuem sistemas de financiamento mais robustos. O Ex-Im Bank dos EUA disponibiliza US$ 11,7 bilhões para exportações em 2025.

O Proex, gerido pelo Banco do Brasil, desembolsou R$ 566 milhões para 737 operações aos EUA entre 2019 e março deste ano. Em 2025, contará com R$ 1,750 bilhão, porém a equalização de juros terá apenas R$ 820 milhões disponíveis.

Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, aponta que, embora o financiamento para produtos básicos seja viabilizado por tradings, as vendas aos EUA estão concentradas em manufaturas.

A possível recuperação do financiamento depende do projeto de lei 5729/23, que criará um Eximbank brasileiro sob o BNDES, ampliando o apoio a exportações, especialmente comerciais com os EUA.

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