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Exportações da China sobem 8% em abril, apesar de queda de 17% nas vendas para EUA

Exportações chinesas superam previsões mesmo com quedas para os EUA. O crescimento reflete a adaptação do comércio da China a novos mercados em meio à intensificação da guerra comercial.

Exportações da China crescem 8,1% em abril, apesar de queda de 21% nos embarques para os Estados Unidos. Essa queda ocorre após Donald Trump impor tarifas acima de 100% sobre produtos chineses.

Os dados oficiais refletem danos iniciais da guerra comercial. Conversas sobre a disputa começam neste fim de semana na Suíça, lideradas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng.

Analistas alertam que, sem redução de tarifas, o comércio entre as duas economias pode colapsar, impactando indústrias e consumidores. Importações de produtos americanos pela China caíram quase 14%.

  • Exportações para a Índia e Asean crescem mais de 20%;
  • Embarques para a União Europeia aumentam 8%;
  • Superávit comercial da China é de US$ 96 bilhões.

A perda de acesso ao mercado americano deve pressionar preços de exportação e gerar preocupações sobre tarifas antidumping impostas por outros países, como Vietnã e Coreia do Sul.

Durante as negociações, os EUA consideram reduzir tarifas para abaixo de 60%. Essa mudança poderia ser implementada rapidamente, conforme informam fontes.

As tarifas geram caos no comércio global, com um aumento no déficit comercial dos EUA em março. A disputa resulta em queda de 30% a 40% no comércio China-EUA, afetando o mercado de contêineres.

As exportações do Vietnã e Taiwan para os EUA batiam recordes, enquanto embarques diretos pela rota do Pacífico estão em declínio. Caso as tarifas permaneçam, **é provável que o comércio direcione para outros países**.

Uma escassez de produtos nos EUA e a pressão sobre indústrias locais em países que absorvem essas mercadorias podem resultar em novas tarifas por parte dos EUA.

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