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'Extrema direita está envolvida' em tarifaço de Trump contra o Brasil, diz Haddad: 'Que ela procure corrigir o estrago que fez'

Haddad critica tarifas e responsabiliza a extrema direita pela decisão dos EUA. O ministro destaca que ações retaliatórias estão sendo consideradas, sem que isso signifique uma resposta imediata.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou taxação de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, anunciada para 1º de agosto.

Haddad associou a decisão à “extrema direita”, afirmando que não se justifica sob nenhum ponto de vista, especialmente econômico. Ele pediu desmobilização dos setores extremistas que contribuíram para essa situação.

O ministro comentou que o Brasil poderia adotar medidas não tarifárias como resposta, sem que isso signifique uma ação garantida. Ele já havia classificado a taxação como uma “agressão” e indicou articulação do ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos fatores.

Haddad destacou: “um governo entrar na onda de um político extremista local para atacar um país de 215 milhões de habitantes é inaceitável”.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aliado de Bolsonaro, responsabilizou o presidente Lula pela decisão dos EUA. Haddad respondeu chamando Tarcísio de “candidato a vassalo”, afirmando que o Brasil não deve se submeter a agressões unilaterais.

Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com vendas que ultrapassaram US$ 40 bilhões no último ano. Brasil e EUA competem em produtos como soja e algodão.

Trump também alertou que se o Brasil retaliar, a sobretaxa de 50% poderá aumentar. Apesar de exportar menos do que importa desde 2009, Trump considera a relação comercial injusta.

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