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Extrema pobreza avança em áreas de conflito e ameaça mais de 420 milhões de pessoas, diz Banco Mundial

Pesquisas do Banco Mundial revelam que 421 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza extrema em 39 países afetados por conflitos. As evidências sugerem que a situação pode piorar até 2030, comprometendo o objetivo de erradicação da pobreza mundial.

Extrema pobreza cresce em regiões afetadas por conflitos, alerta novo relatório do Banco Mundial.

Em 2023, 421 milhões de pessoas em 39 países vivem com menos de US$ 3 (cerca de R$ 16,50) por dia, enfrentando fome crônica e atraso no desenvolvimento econômico.

A avaliação indica que o PIB per capita nesses países caiu 1,8% ao ano, enquanto outras economias emergentes cresceram 2,9%. A previsão é de que o número de pessoas na extrema pobreza aumente para 435 milhões até 2030.

Regiões em destaque incluem a Faixa de Gaza e a Ucrânia, além de crises crônicas no Haiti e na Venezuela. Verifica-se que a maioria dos problemas está concentrada na Africa (República Centro Africana, República Democrática do Congo, Moçambique).

Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial, destacou que 70% das pessoas afetadas por conflitos são africanas e que 21 dos 39 países estão em conflito ativo há pelo menos 15 anos.

O estudo revela que conflitos persistentes provocam uma queda cumulativa de 20% no PIB per capita após cinco anos. A meta de erradicação da pobreza extrema está distante, com 40% das pessoas nesses países vivendo em condições de pobreza extrema.

A geração de empregos é insuficiente, com apenas 50% dos 270 milhões de pessoas em idade de trabalhar empregadas em 2022.

Indicadores de desenvolvimento estão gravemente afetados:

  • Expectativa média de vida: sete anos menor que em economias em desenvolvimento.
  • Taxas de mortalidade infantil: duas vezes mais altas.
  • Segurança alimentar: 18% da população afetada.
  • 90% das crianças em idade escolar não atingem padrões mínimos de leitura.

Ayhan Kose, vice-economista-chefe do Banco Mundial, pediu maior atenção global para estas economias, ressaltando que impulsionar o crescimento é um desafio, mas viável.

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