Fabricantes de veículos no Brasil revisam para baixo projeção de vendas em 2025
Anfavea revisa projeção de vendas de veículos para 2025 diante da instabilidade econômica. Apesar da queda nas vendas, expectativa de produção e exportações apresenta crescimento significativo.
Redução na Projeção de Vendas
Fabricantes de veículos no Brasil cortaram a expectativa de vendas para 2025 de 6,3% para 5%, totalizando 2,765 milhões de unidades, conforme dados da Anfavea.
A revisão ocorreu devido à alta dos juros e ao impacto das tarifas de importação dos EUA. O presidente da Anfavea, Igor Calvet, comentou sobre a instabilidade do mercado.
Produção Mantida
Apesar da revisão nas vendas, a projeção para produção foi mantida em 7,8%, totalizando 2,749 milhões de veículos. A estimativa de exportações subiu de 7,5% para 38,4%, com 552 mil veículos.
Aumento nas exportações foi atribuído ao crescimento do mercado argentino, que viu um aumento de 156,5% nas exportações de janeiro a julho.
- Exportações para a Argentina: 183,9 mil unidades.
- Participação nas exportações do Brasil: subiu de 35,1% para 58,9%.
As projeções consideram um crescimento do PIB de 2,3% para 2023. As vendas de caminhões foram revisadas para uma queda de 8,3%, enquanto as de ônibus aumentaram para 25,3 mil unidades.
Mercado em Julho
Produção de veículos cresceu 15,7% em julho em relação a junho, enquanto as vendas subiram 14,2%, impulsionadas pelo programa “Carro Sustentável” do governo, que reduz o IPI.
- Produção em julho: 237,8 mil veículos.
- Vendas em julho: 243,2 mil veículos.
Comparado ao ano anterior, a produção caiu 3,6%, com emplacamentos estáveis.
No acumulado de janeiro a julho, a produção aumentou 6,1% e os emplacamentos 4,1%.
Exportações e Tarifas
As exportações cresceram 22,4% em julho, totalizando 47,9 mil unidades. Ao longo do ano, a participação das exportações na produção subiu de 14% para 20%.
A Anfavea relatou que o impacto das tarifas dos EUA é de US$ 1,3 bilhão, afetando as exportações de máquinas autopropulsadas e autopeças. As tarifas para máquinas agrícolas subiram de 0% para 50%, enquanto para autopeças, de 2,5% para até 52,5%.