'Facturas' a 25 mil pesos?: o fenômeno que ameaça o reinado das 'medialunas' e a guerra aberta entre padeiros pelo preço
A indústria de panificação da Argentina enfrenta desafios com o aumento dos custos e mudanças no consumo, mas representantes do setor negam o fechamento em massa de padarias e afirmam que a atividade continua. Apesar da queda nas vendas, o preço das facturas não chega aos números alarmantes divulgados nas redes sociais.
Crise na Indústria de Panificação na Argentina
Recentemente, surgiram rumores nas redes sociais sobre o fechamento de mais de 100 padarias na província de Buenos Aires e 1.400 em todo o país. Informações indicavam que uma dúzia de facturas poderia custar 25 mil pesos (cerca de R$ 110).
O consumo enfrenta um estagnação, especialmente entre os jovens, que preferem opções como grissinis e produtos saborizados. Conforme Martín Pinto, presidente do Centro de Padeiros de Merlo, 1.400 padarias já fecharam no último ano e meio.
Raúl Santoandré, presidente da Fippba, refutou os comentários sobre os fechamentos:
- "Onde estão essas padarias que vendem a dúzia de facturas por 25 mil pesos?"
- "O consumo está baixo, mas a atividade continua de pé."
Ele ressaltou o aumento de 65% no preço da margarina e do fermento, afetando a produção. Algumas padarias já estão utilizando alternativas mais baratas para os insumos.
Sobre os preços, o quilo do pão varia de 2.600 a 3.400 pesos (cerca de R$ 11,50 a R$ 15), e a dúzia de facturas de 5.800 a 10 mil pesos (cerca de R$ 25 a R$ 44).
Apesar da crise, a Federação Argentina da Indústria do Pão (Faipa) afirmou que os números são exagerados. Miguel Ángel Di Betta, presidente da Faipa, insistiu que não é verdade que 1.400 padarias fecharam e que as alegações alarmistas prejudicam a indústria.
O setor permanece otimista, focando na atualização e na responsabilidade diante da situação. Santoandré concluiu: "Estamos enfrentando os aumentos e nos adaptando."