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Faixa 4 do MCMV dá respiro a incorporadoras, mas não deve levar à produção maior

Vice-presidente da Caixa revela negociações para garantir financiamento do Minha Casa, Minha Vida até 2030. A nova faixa 4 do programa visa atender a classe média, mas desafios com taxas de juros ainda preocupam potenciais compradores.

Vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, confirmou, em evento da Abrainc, que há negociações para garantir recursos do Fundo Social do Pré-Sal no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) até 2030.

Os R$ 15 bilhões disponíveis possibilitaram a criação da faixa 4, voltada para a classe média (renda de até R$ 12 mil mensais). Desde sua operação em maio, já foram feitas 880 mil simulações e 5,8 mil propostas estão em tramitação com meta de 120 mil contratações este ano.

Embora a faixa 4 ofereça juros de 10% ao ano, os clientes de média renda enfrentam taxas a partir de 12% ao ano. A tabela de financiamento foi alterada para a Price, permitindo aquisição de imóveis mais caros.

Incorporadoras que operam no MCMV, como ADN e Cury, já estão obtendo benefícios ao incluir partes de sua produção na faixa 4. No entanto, não esperam aumentar lançamentos, mas apenas manter a produção atual. A faixa 4 permite a venda de imóveis de até R$ 500 mil, mas a demanda por imóveis nesse valor continua baixa.

O presidente da Abrainc, Luiz França, enfatiza a importância da continuidade dos recursos do FGTS e pré-sal no MCMV. O ministro das Cidades, Jader Filho, mencionou que a ampliação dos recursos do pré-sal está em discussão, com R$ 15 bilhões já acordados para este ano e mais R$ 15 bilhões em 2026.

O orçamento do FGTS para o MCMV em 2025 é de R$ 134 bilhões.

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