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Falta de imigrantes preocupa agro, hotéis e restaurantes nos EUA, e Trump sugere recuo

Trump sinaliza mudanças na política de imigração para atender setores dependentes de trabalhadores imigrantes indocumentados. Em meio a pressões de lobbies empresariais, novas propostas podem facilitar a regularização de imigrantes que se afastaram dos EUA.

Donald Trump sinalizou apoio a setores dependentes de imigrantes indocumentados, como agro, hotéis e restaurantes, durante entrevista ao Fox News em 15 de outubro.

O presidente sugeriu a criação de um caminho para reatratar imigrantes que se autodeportaram, facilitando o retorno legal após um programa de autodeportação, onde imigrantes receberiam dinheiro e passagem para deixar os EUA.

Trump mencionou: "Vamos ser compreensivos em termos deste fazendeiro, e nós vamos fazer com que esse fazendeiro assuma a responsabilidade".

A Casa Branca enfrenta pressão de lobbies empresariais preocupados com a falta de mão de obra. A Coalização de Imigração de Empresas Americanas se reuniu com líderes em Washington, destacando a dependência de imigrantes nos setores.

Economistas alertam que a política migratória restritiva pode limitar a oferta de trabalho e diminuir a demanda de produtos. Adam Posen do Instituto Peterson de Economia Internacional, destaca que 50% da força de trabalho em construção são imigrantes indocumentados.

Dados do Pew Research Center mostram que, em 2022, 4,8% da força de trabalho dos EUA era composta por estrangeiros em situação irregular. Nas áreas de construção civil (13,7%), agricultura (12,7%) e hospitalidade (7,1%), esse percentual é ainda maior.

Entretanto, o American Enterprise Institute e outros levantaram preocupações sobre as deportações, argumentando que isso pode resultar em queda de produção, aumento de importações e elevação dos preços de alimentos.

Um relatório aponta que a intensificação da fiscalização pode levar muitas fazendas à falência, impactando negativamente a inovação e resiliência do setor agrícola.

O Goldman Sachs também alertou que a escassez de imigrantes pode ser extremamente disruptiva para setores como agricultura e construção.

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