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Faltam atos contra anistia pelo 8 de Janeiro, diz Marcelo Rubens Paiva

Marcelo Rubens Paiva destaca a ausência de movimentos populares contra a anistia a golpistas e critica a demora do STF em julgar a Lei da Anistia. O autor também reflete sobre a luta pela memória e justiça em relação a crimes da ditadura militar.

Marcelo Rubens Paiva, autor de “Ainda Estou Aqui”, criticou a ausência de manifestações pedindo “sem anistia” aos presos dos atos de 8 de janeiro de 2023. A declaração foi feita durante evento na Faculdade de Direito da USP em 15 de março de 2025.

O escritor expressou sua preocupação com a falta de pessoas nas ruas, afirmando que apenas bolsonaristas estão se manifestando. “A democracia precisa de vigilância constante, porque está sempre sob ameaça”, afirmou.

Paiva também manifestou sua vergonha em relação ao STF, que ainda não analisou ações sobre a Lei da Anistia de 1979. Essa lei extingue de punibilidade crimes políticos de 1961 a 1979, aprovada em um Congresso engessado.

“Como essa lei ainda está em julgamento em 2025? Isso me envergonha”, disse Paiva, questionando a necessidade de um filme sobre o tema para que a Corte a reconsiderasse.

Inspirado no livro homônimo, a obra é protagonizada pela atriz Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, mãe de Marcelo, cuja história envolve o sequestro e morte de seu pai.

Em fevereiro, o STF formou maioria para discutir a aplicação da Lei da Anistia ao crime de ocultação de cadáver durante a ditadura. Até o momento, não há data para a análise do mérito jurídico.

Jair Bolsonaro convocou um ato a favor da anistia para 16 de março na praia de Copacabana, apoiado por nomes relevantes do PL e organizado por Silas Malafaia. O evento será a terceira manifestação financiada pelo pastor para apoio à anistia.

  • Dois trios elétricos serão contratados para o ato.
  • Cerca de 100 congressistas indicaram participação, incluindo líderes da bancada e da oposição.
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