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Fazenda precisa mirar o futuro

Incertezas fiscais e a falta de reformas necessárias dificultam previsões econômicas no Brasil. A confiança dos agentes econômicos permanece baixa, prejudicando investimentos e crescimento a longo prazo.

Incertezas fiscais impactam projeções macroeconômicas

O frágil quadro fiscal gera incertezas na construção de cenários para variáveis como inflação, câmbio, juros e PIB. Economistas fazem projeções, mas com baixa confiança.

A reduzida visibilidade penaliza decisões de investimento produtivo a longo prazo. A trajetória da taxa de juros parece indefinida, excluindo a possibilidade de níveis "civilizados".

As projeções de inflação também são difíceis. A mediana para 2027 está em 4%, enquanto os preços de ativos indicam expectativas acima de 6%.

Um quadro fiscal "saudável" facilitaria a criação de cenários mais positivos. Isso implica acreditar em ajustes fiscais que garantam superávits primários para conter a dívida.

Sem essa crença, a inflação tende a ultrapassar a meta de 3%, requerendo juros elevados. A taxa neutra estimada é de 5% reais, significando uma Selic em torno de 8%.

Reformas para contenção de gastos obrigatórios não estão na pauta política, e o governo enfrenta dificuldades para atender as metas fiscais estipuladas, como déficit zero e superávit de 0,25%.

Questiona-se a possibilidade de alcançar superávit primário de 2% do PIB para estabilizar a elevada dívida, especialmente com aumentos já contratados na Previdência.

O governo não apresenta respostas concretas e prioriza críticas ao passado, enquanto as incertezas influenciam os preços de ativos. A comparação com 2018, quando a Reforma da Previdência foi bem recebida, levanta dúvidas sobre o futuro das reformas atuais.

Questões pendentes:

  • Qual o sinal do governo atual para o futuro?
  • Quais serão as próximas reformas?
  • Quando a Selic poderá cair para 6,5%?
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