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Fazenda prevê impacto de tarifas de Trump concentrado em setores específicos

Ministério da Fazenda analisa os efeitos da sobretaxa de 50% anunciada pelos EUA e destaca a resiliência da pauta exportadora brasileira. Secretário Guilherme Mello aponta que o impacto será mais forte em setores específicos e em estados como São Paulo, mas que o Brasil está menos dependente da economia americana do que no passado.

Ministério da Fazenda prevê que a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, terá impacto concentrado em setores específicos e pouca influência na projeção de crescimento do PIB, estimado em 2,5%.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, mencionou a possibilidade de realocação de produção em outros mercados e aumento da oferta interna, especialmente de produtos como café e suco de laranja.

Mello observou que setores com produtos tecnologicamente avançados podem ter dificuldades, mas o Brasil é menos dependente da economia americana do que no passado. Ele afirmou que o impacto macroeconômico será menor que no passado.

Regiões como São Paulo e Espírito Santo podem sofrer mais, pois São Paulo ainda é fortemente dependente das exportações para os EUA. Mello pediu que os setores produtivos busquem soluções em vez de comemorar ataques ao país.

O secretário evitou fazer previsões sobre o impacto das tarifas na inflação, considerando a incerteza atual. O foco é monitorar a guerra comercial e seus efeitos no câmbio, com o dólar subindo 0,59% para R$ 5,573.

Mello destacou vetores deflacionários possíveis, como o aumento da oferta interna de produtos que poderão não ser exportados, aliviando a pressão inflacionária, especialmente na alimentação.

A sobretaxa de 10% sobre produtos brasileiros, que já existe desde 2 de abril, será aumentada para 50% a partir de 1º de agosto, excluindo produtos que já têm tarifas de 50%, como aço e alumínio.

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