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Fazendeiros brancos da África do Sul são as primeiras vítimas do tarifaço de Trump contra o país

Taxas de 30% impostas pelos EUA assustam produtores sul-africanos e podem levar à perda de 100 mil empregos. O impacto será sentido principalmente em setores agrícolas, que já enfrentam altos índices de desemprego.

Nuvens Sombrio sobre Robertson: A entrada em vigor, em 7 de setembro, de tarifas de 30% sobre produtos sul-africanos afeta o vale vinícola de Robertson, a 150 km da Cidade do Cabo.

El Cap Classique, um vinho espumante local, perdia sua isenção tarifária sob a AGOA, que anteriormente beneficiava também outros produtos agrícolas.

Na Graham Beck, um dos líderes no setor, os trabalhadores estão se preparando. A companhia anticipou o envio de 300 mil garrafas para os EUA, representando quase 15% de sua produção anual.

Diretor-geral Pieter Ferreira destaca a incerteza futura: “Não acho que seja vantajoso; o futuro é incerto para 2026”. No ano passado, 4% das exportações agrícolas da África do Sul foram para os EUA, totalizando US$ 600 milhões.

Impacto social: As tarifas impactam especialmente os africâners, cuja situação é distorcida por declarações do presidente americano. Ferreira nega que os problemas sejam raciais e critica as tarifas como ridículas.

Empregos em Risco: O chefe do banco central, Lesetja Kganyago, alerta que a nova tarifa pode ameaçar 100 mil postos de trabalho em uma economia já com quase 33% de desemprego.

Produção de Cítricos: Propriedades em Citrusdal, que dependem do mercado americano, explicam que 25% a 30% de seus negócios é com essas frutas. Gerrit van der Merwe enfatiza que a diminuição de hectares pode resultar em 200 empregados a menos em uma cidade pequena.

Ele conclui: “É insustentável que só um agricultor sobreviva enquanto uma pequena cidade rural morre.”

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