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Fé no povo, horror a Putin: as memórias de Navalny, o patriota irreverente

Alexei Navalny deixa como legado um intenso amor pela Rússia e um clamor por liberdade e justiça, mesmo em meio à repressão que enfrentou. Sua obra póstuma "Patriota" reflete sua luta incansável contra o autoritarismo e a corrupção.

Alexei Navalny morreu em uma prisão no Círculo Ártico, em fevereiro de 2024, aos 47 anos, por amor à Rússia. Seu livro de memórias, Patriota, reflete sua paixão pelo país e por seu povo.

Navalny começou a obra em 2020, enquanto se recuperava de um envenenamento por Novichok, e retornou à Rússia em 2021. Ao desembarcar, foi preso e sua narrativa mistura memórias e experiências na prisão.

A obra alterna entre seu passado e o presente, mostrando momentos pessoais, como seu amor por Yulia, sua esposa. As duras condições na prisão em Moscou e depois na província de Vladimir são retratadas, com Navalny enfrentando uma greve de fome por atendimento médico. Apesar da dor, mantém um sentido de humor sardônico e continua a escrever.

Navalny defende valores como eleições livres, liberdade de expressão e um judiciário independente. No livro, evita polêmicas passadas, mas condena ações do governo Putin e a guerra na Ucrânia. Sua Fundação Anticorrupção foi desmantelada, mas continua operando no exterior.

O legado de Navalny permanece incerto, e a Rússia ainda deve justiça a este filho amoroso e irreverente.

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