Febraban defende restringir serviços para pessoas que ‘alugam’ CPF para fraudador
Febraban propõe punições para 'laranjas' que facilitam fraudes financeiras. Isaac Sidney ressalta a urgência de marcos legais mais rigorosos para enfrentar a epidemia de crimes digitais e proteger a população.
Isaac Sidney, presidente da Febraban, defendeu punições administrativas para quem "aluga" o CPF a fraudadores durante o 2º Congresso de Prevenção e Repressão a Fraudes.
Ele destacou a insegurança nacional e o medo da população em ser vítima de golpes:
- Medo de atender telefonemas e ler mensagens;
- Direito de sair na rua com tranquilidade comprometido;
- Bandidos acessando contas bancárias rapidamente após golpes.
Sidney enfatizou a necessidade de marcos legais robustos para combater a criminalidade, incluindo:
- Punição para quem empresta suas contas a criminosos;
- Impedimentos nas transações financeiras, exceto para saques de salário.
A discussão sobre punições para "laranjas" ganhou força após a Resolução 6 do Banco Central, que estabeleceu uma base de dados para fraudes no sistema financeiro.
Ele declarou que os golpes e fraudes se tornaram uma epidemia nacional, mas reconheceu os investimentos do setor para combatê-los, incluindo a engenharia social como principal tática dos golpistas.
Sidney criticou a fragilidade no processo de abertura de contas em instituições financeiras e pediu a responsabilização de executivos que permitirem a atuação de criminosos:
- Necessidade de cortar na própria carne das instituições;
- Banco como canal de ilícitos é inadmissível.