Febraban diz que investigação dos EUA sobre Pix 'deve-se mais a uma informação incompleta' sobre os objetivos e funcionamento do sistema
Febraban defende que investigação dos EUA sobre o Pix se baseia em informações incompletas e ressalta benefícios do sistema. Entidade espera que esclarecimentos contribuam para resolução das preocupações levantadas.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) comentou, nesta sexta-feira (18), sobre a investigação dos Estados Unidos (EUA) a respeito do Pix.
A entidade afirma que a abertura da investigação se deve a uma informação incompleta sobre os objetivos e funcionamento do método de pagamento.
A investigação, que questiona as práticas comerciais "injustas" do Brasil, foi solicitada por Trump e é liderada por Jamieson Greer, do escritório de Comércio dos EUA (USTR). Além do Pix, também envolve a pirataria e menciona a rua 25 de março.
A Febraban argumenta que o PIX é uma infraestrutura pública de pagamento, não um produto comercial, e que favorece a competição e o bom funcionamento do sistema de pagamentos. É um modelo aberto e não discriminatório, com a participação de bancos, fintechs e instituições de diversas nacionalidades.
A entidade expressa expectativa de que as contribuições do Banco Central do Brasil e do sistema bancário brasileiro possam ajudar no esclarecimento das restrições levantadas pelo USTR.
Em nota, a Febraban destacou que o Pix está disponível para todos os residentes no país—brasileiros e estrangeiros—com único requisito de ter uma conta em banco, fintech ou instituição de pagamento.
Além disso, a ferramenta é gratuita para pessoas físicas, podendo haver cobrança para empresas, sem discriminação entre nacionais e estrangeiras.
Segundo a entidade, do ponto de vista das pessoas físicas, o PIX tem contribuído para a inclusão financeira, reduzindo custos e ampliando o alcance do sistema de pagamentos no Brasil.