Fed mantém juros dos EUA na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, diante de incertezas com Trump
Federal Reserve mantém taxas de juros inalteradas em meio a incertezas econômicas. Decisão coincide com pressões de Donald Trump e impactos na economia brasileira.
O Federal Reserve (Fed) dos EUA manteve as taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, após a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) na quarta-feira (7).
Essa é a terceira reunião consecutiva sem alterações, justificada pela perspectiva econômica "incerta" e riscos associados.
A decisão impacta o Brasil, aumentando a pressão para que a Selic permaneça alta e afetando o câmbio. A guerra comercial, especialmente com a China, intensifica esses efeitos, com tarifas que chegam a 145% sobre produtos chineses e 125% sobre itens dos EUA.
A manutenção das taxas ocorre apesar das críticas de Trump a Jerome Powell, presidente do Fed, onde o republicano ameaçou demiti-lo, algo que não possui autoridade para fazer.
O cenário econômico é preocupante: a queda de 0,3% no PIB no primeiro trimestre superou as expectativas de crescimento de 0,3%, refletindo a incerteza comercial e afetando a confiança do consumidor.
A alta das taxas nos EUA pode reverberar no mercado financeiro brasileiro, atraindo investimentos para as Treasuries e desvalorizando o real. Dólar elevado pressiona a inflação e influenciará o ciclo de alta de juros do Copom.
O cenário até 2025 requer atenção, com desafios significativos à vista.