Ferrovia promete criar rota alternativa para o agro com nova logística entre portos do Sudeste
Ferrovia de 575 km interligará portos do Espírito Santo ao Rio de Janeiro, prometendo impulsionar o escoamento do agronegócio. Leilão da concessão deve ocorrer entre o final de 2023 e o início de 2026, com apoio financeiro da mineradora Vale para um trecho inicial.
Governo Federal publicará edital para concessão do Arco Ferroviário do Sudeste no segundo semestre de 2023. O projeto, que será chamado de EF-118, visa criar uma nova rota logística para o agronegócio na região Sudeste.
A nova ferrovia terá 575 km de extensão, interligando portos no Espírito Santo e Rio de Janeiro. O leilão da concessão está previsto para ocorrer entre o fim de 2023 e o primeiro trimestre de 2026.
A mineradora Vale comprometeu-se a construir um trecho inicial de 80 km entre Cariacica e Anchieta (ES), com um custo estimado de R$ 2,5 bilhões, como parte da prorrogação da concessão da EFVM por mais 30 anos.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que está em fase de negociações para que a Vale repasse o recurso à futura concessionária, o que tornaria o leilão mais atrativo.
O trecho de 80 km se conectará a mais 170 km até São João da Barra (RJ). Em fase futura, o projeto se expandirá até Nova Iguaçu (RJ), totalizando 325 km adicionais.
O governo propoõe uma concessão por 50 anos e destinará R$ 3,27 bilhões em financiamento nos primeiros oito anos. O Porto do Açu, o maior complexo portuário da América Latina, está atento ao projeto, que pode impactar seus planos de expansão.
Desde sua abertura, o Porto do Açu recebeu cerca de R$ 22 bilhões em investimentos e agora visa aumentar a integração com o agronegócio por meio de rodovias e um futuro terminal de grãos.
A nova ferrovia também conectará portos em Vitória, Ubu e Porto Central, além de se integrar com ferrovias geridas por outras concessionárias.