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FGV: Economia global caminha para desacelerar em má hora para o Brasil

Economistas alertam para os desafios econômicos que o Brasil enfrenta, incluindo inflação persistente e a incerteza política em meio a um ciclo eleitoral. A expectativa é de um crescimento modesto do PIB, com preocupações sobre ajustes na política monetária e fiscal.

A economia mundial enfrenta uma desaceleração com perdas generalizadas, e o Brasil não é exceção. Os economistas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) destacam preocupações ligadas ao presidente dos EUA, Donald Trump, e seu foco em políticas sobre o aço.

Durante o I Seminário de Análise Conjuntural, José Júlio Senna, do Ibre/FGV, avaliou que a chance de Trump "fazer a América grande novamente" é mínima. Ele criticou a tributação sobre o aço e alumínio e questionou a confiança nas políticas comerciais dos EUA.

O IPCA brasileiro revela uma inflação "super resistente", apontando para um contexto desafiador, segundo Armando Castelar. Ele destaca uma desaceleração econômica surpreendente, com PIB, indústria e serviços fracos.

A expectativa de crescimento do PIB no 1º trimestre de 2025 é positiva, impulsionada pelo setor agro e uma recuperação no consumo, conforme Silvia Matos do Ibre/FGV. Contudo, a expectativa é de um déficit primário e dívida crescente.

O Banco Central (BC) deverá pausar o ciclo de alta de juros após maio, conforme Senna. Ele destaca um dilema entre manter as taxas elevadas para convergir a inflação e a necessidade de evitar uma política insustentável.

Armando Castelar observou que a expectativa das contas públicas está vinculada à possibilidade de reeleição do presidente Lula. A opinião é de que essa incerteza poderia favorecer políticas fiscais mais conservadoras no futuro.

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