Ficar gritando ‘soberania do Brasil’ não vai ajudar em nada, diz Xavier, da SPX
Especialistas discutem a aplicação da Lei Magnitsky e suas implicações para o Brasil, destacando a importância do diálogo entre países. Apesar das tensões, o cenário externo permanece favorável, mantendo o interesse dos investidores estrangeiros no país.
Efeitos da Lei Magnitsky no Brasil são de difícil mensuração, segundo Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital. Ele aponta que a aplicação efetiva da lei no Brasil ainda é incerta e que é preciso diálogo entre os países para evitar cenários indesejáveis.
Xavier menciona a recente ADPF do ministro Flávio Dino, que visa evitar interferências estrangeiras no sistema financeiro brasileiro. Ele expressa preocupação com a soberania do Brasil e questiona decisões do STF que podem ter levado a um comportamento mais agressivo do governo americano.
“A sensação de que o direito de propriedade no Brasil é questionável” é uma consequência de exageros judiciais, afirma o executivo. Ele defende uma reflexão profunda da sociedade brasileira sobre a situação atual.
Felipe Guerra, sócio da Legacy Capital, concorda com Xavier e destaca que, devido ao cenário externo favorável, a questão da Lei Magnitsky não tem gerado grande impacto nos mercados. Ele observa que, com o mercado global otimista, os investidores estrangeiros continuam interessados no Brasil.
Guerra enfatiza a importância de entender como o investidor estrangeiro reagirá a eventos locais. “Estes temas tornam-se menores para o investidor estrangeiro”, conclui, ressaltando que apesar das preocupações locais, o Brasil continua atraente em um portfólio global de investimentos.