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Fim do café mais caro? O que esperar dos preços nos próximos meses, segundo analistas

Fatores climáticos e comerciais influenciam a dinâmica do café global, com a colheita no Brasil se destacando enquanto a Colômbia enfrenta desafios. A volatilidade dos preços continua a ser uma preocupação, refletindo tanto a recuperação da oferta quanto as realidades econômicas dos pequenos produtores.

Fatores climáticos, logísticos e comerciais estão pressionando os preços globais do café em meio à volatilidade atual.

A Colômbia enfrenta chuvas que atrasam a colheita, o Brasil está em uma colheita robusta, e a perspectiva para o Vietnã melhora, mas a volatilidade segue presente.

O analista Gregorio Gandini destaca que os maiores produtores da América Latina, Brasil, Colômbia e Honduras, devem se beneficiar do aumento de preços. A seca no Brasil em 2024 impactou significativamente a produção.

Gandini prevê que os preços do café caiam este ano com a recuperação da produção brasileira, e o Banco Mundial estima que o preço médio do café arábica chegue a US$ 8,50 por quilo em 2025.

A alta dos preços representou uma oportunidade para pequenos produtores da Colômbia, gerando efeitos positivos na economia local, como o aumento do comércio e pagamento de dívidas.

Contudo, dúvidas sobre a duração do ciclo de alta estão surgindo. O Citi reduziu suas previsões de preços, esperando uma queda para US$ 3,75 por libra em 3 meses e US$ 3,50 em 6 a 12 meses.

A CEO da Illy, Cristina Scocchia, espera que os preços do café se estabilizem entre US$ 2 e US$ 2,50 por libra nos próximos 15 meses.

O ativista Fernando Morales-de la Cruz argumenta que, embora os preços estejam altos, os trabalhadores na produção de café enfrentam miséria, fome e trabalho infantil.

Segundo a OIT, a agricultura representa 61% dos casos de trabalho infantil global. O ativista acredita que a real situação dos trabalhadores é subestimada.

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