Fim dos 'descontos na folha' de aposentados do INSS divide o governo Lula
Divisão no governo Lula sobre os descontos em folha de aposentados reflete tensões políticas e econômicas. Enquanto a equipe econômica defende a extinção, aliados de Lula temem impactos negativos sobre sindicatos e crédito consignado.
Divisão no governo Lula quanto à proposta de acabar com descontos em folha de aposentados do INSS.
A equipe econômica do governo é a favor da extinção desses abatimentos. O ex-ministro Carlos Lupi e o atual presidente do INSS, Gilberto Waller Jr., defendem a medida para evitar desgastes na imagem do órgão.
Por outro lado, a ala política e aliados de Lula no setor sindical querem manter os descontos, pois:
- Financiam associações após o fim do imposto sindical compulsório.
- Garantem juros mais baixos no crédito consignado para aposentados, estimulando a economia.
Esse grupo sugere que o ideal é criar um sistema imunizado contra fraudes em vez de proibir descontos.
O governo enfrenta ataques da oposição, que associa Lula às fraudes nos descontos do INSS. A estratégia do Planalto inclui mostrar que o esquema começou durante o governo Bolsonaro.
Uma das missões é evitar a instalação de uma CPMI do INSS, que tem sido um palco para disputas políticas.
Os aliados de Lula estão perdendo na narrativa das redes sociais, onde a oposição afirma que o governo permitiu roubos a aposentados. Deputados do PT rebatem, ligando dirigentes investigados às doações de campanha do ex-presidente Bolsonaro.
Investigadores percebem uma responsabilidade compartilhada, já que o esquema começou no governo anterior, mas continuou no atual, com a participação de servidores do INSS.