Financiamento imobiliário: reduzir a dívida ou aplicar o dinheiro. O que vale mais a pena?
Em cenário de Selic elevada, especialistas avaliam estratégia entre amortização de financiamentos e investimentos. Decisão deve considerar perfil financeiro, objetivos e a relação entre taxas de juros e rentabilidade.
Financiamentos imobiliários são uma forma comum de conquistar a casa própria, mas podem levar até 30 anos para serem quitados. A queda no prazo pode ser feita através da amortização, especialmente em um cenário de alta da Selic, atualmente em 14,25% ao ano.
Para entender a vantagem da amortização, é essencial considerar o Custo Efetivo Total (CET), que inclui não apenas os juros, mas também os impostos. Especialistas destacam que a comparação entre os juros do financiamento e os retornos de investimentos é crucial.
A taxa Selic elevada torna os empréstimos mais caros, mas também melhora os rendimentos de investimentos de renda fixa, como Letras de Crédito e CDBs. Segundo Gean Duarte, investimentos em renda fixa podem chegar a 12% ao ano, superando algumas taxas de financiamento de 8% a 12% ao ano.
Decisão de investir ou amortizar: É importante analisar o cenário financeiro individual, considerando:
- Reserva de emergência: Ter uma reserva de pelo menos 6 meses de despesas.
- Liquidez: Acessibilidade rápida ao dinheiro é essencial.
- Disciplina: Avaliar a capacidade de poupança ao invés de amortização.
- Objetivos financeiros: Definir metas claras que alinhem a dívida e o investimento.
- Situação profissional: Estabilidade no emprego para garantir recursos disponíveis.
Investimentos recomendados: Se optar por investir, considere:
- Tesouro Direto: Tesouro Selic, Prefixado e IPCA+.
- CDBs: Rentabilidade varia conforme prazo e emissor.
- LCIs e LCAs: Isentas de Imposto de Renda.
- Fundos Imobiliários (FIIs): Rendimento isento de IR.
- Ações: Empresas que pagam dividendos.
Uma estratégia híbrida pode ser adotada, combinando amortização e investimento. Por exemplo, usar parte do FGTS para amortizar e investir o restante pode ser uma abordagem equilibrada.
Por fim, também é relevante ponderar entre amortizar a parcela ou o prazo. Diminuir o prazo reduz juros totais, enquanto focar na parcela pode aliviar o orçamento.
Simulação: Se um financiamento tem taxa de 8% e o investidor conseguir retorno de 11,57%, pode ser mais vantajoso investir. Já com uma taxa de 14%, se o investimento render 12,03%, a amortização pode ser a melhor escolha.