Fintechs querem furar bolha do crédito com novo consignado privado, mas veem riscos operacionais
Fintechs buscam ajustes e garantias antes do lançamento do consignado privado, visando evitar desafios operacionais que podem prejudicar a oferta de crédito. A proposta é iniciar com um sistema automatizado para minimizar riscos e melhorar a competitividade com os grandes bancos.
Fintechs buscam furar bolha do crédito com novo consignado privado, mas enfrentam riscos e preocupações na operação inicial.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva recebe alertas sobre a oferta de crédito aos trabalhadores com carteira assinada a partir de quarta-feira (12).
- Fintechs pedem ajustes técnicos para evitar baixa oferta de crédito e altas taxas de juros.
- Concessão de crédito será feita via plataforma do eSocial, com desconto direto em folha de pagamento.
- Preocupação com o processo de escrituração manual pode impactar na precificação do produto.
- Especialista sugere automatização do processo para evitar riscos.
Atualmente, existem quatro milhões de consignados para 42 milhões de trabalhadores elegíveis, segundo o Ministério da Fazenda.
Fintechs alertam também para o risco de cobrança individual e solicitam a inclusão do FGTS como garantia desde o início. O novo modelo começará sem essa garantia.
Entre as sugestões apresentadas estão:
- Fluxo automatizado de gestão de folha.
- Centralização do processo de repasse e cobrança.
- Mecanismos para inadimplência e pagamentos atrasados.
- Ampliação do escopo de dados compartilhados.
Bancos e fintechs esperam disputa acirrada por taxas de juros menores. O novo consignado funcionará inicialmente com um MVP, com melhorias previstas em Abril.
Governo argumenta que a MP trará obrigação legal para a escrituração e repasse, com sanções em caso de não cumprimento.