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Fiscal acusado de cobrar propina foi melhor aluno no ITA e tinha 'papel central' no esquema que levou à prisão o dono da Ultrafarma

Auditor fiscal de destaque acadêmico é preso por fraude tributária e lavagem de dinheiro em esquema bilionário. Operação Ícaro desvenda conexão entre sua família e aumento patrimonial suspeito de empresa de consultoria.

Auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto é acusado de participar de um esquema de fraude tributária bilionária na Secretaria da Fazenda de SP. Envolvia corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Antes disso, Artur teve uma trajetória acadêmica notável no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), passando em vestibulares altamente concorridos, incluindo IME e Medicina na USP.

A operação que resultou na prisão do fundador da Ultrafarma, Sidney Oliveira, começou após o MP investigar a evolução patrimonial da mãe de Artur, que teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propina.

Artur foi premiado pelo desempenho acadêmico e fez uma viagem aos EUA, onde visitou a Nasa. Análises de dados fiscais mostraram que ele fez viagens a paraísos fiscais, levantando suspeitas de ocultação de ativos ilícitos.

Operação Ícaro tem como objetivo desarticular o esquema envolvendo auditores fiscais da Sefaz-SP. A mãe de Artur, Kimio Mizukami da Silva, era sócia da empresa Smart Tax, utilizada para lavagem de dinheiro.

O patrimônio da Smart Tax saltou de R$ 411 mil em 2021 para R$ 2 bilhões em 2023, supostamente por meio de compra de criptomoedas com valores recebidos da empresa.

Além disso, o contador Agnaldo de Campos foi apontado como testa de ferro de Artur nas negociações da Smart Tax, conduzindo transações enquanto mantinha Artur informado.

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