Fiscalização de leis antifumo reduz tabagismo entre jovens e poupa R$ 490 mi, diz estudo
Estudo revela que a fiscalização de leis antifumo é essencial para reduzir o tabagismo entre jovens. Cidades que implementaram e monitoraram restrições ao fumo em ambientes fechados mostraram queda significativa na quantidade de fumantes e economia em gastos com saúde.
Estudo revela importância da fiscalização no combate ao tabagismo entre jovens
As vistorias realizadas por servidores públicos para fiscalizar a proibição de fumar em ambientes fechados são fundamentais para a efetividade da lei, segundo um estudo das economistas **Camila Steffens** e **Paula Pereda**, publicado na Journal of Development Economics.
Em cidades que proibiram o consumo de cigarros em locais fechados, houve uma redução de 18% na quantidade de fumantes entre jovens adultos de **2009 a 2013**, resultando em uma economia de aproximadamente **R$ 490 milhões** ao ano em gastos de saúde.
A fiscalização é crucial: em locais onde a proibição não foi fiscalizada, não houve impacto significativo. Steffens destaca que uma lei sem fiscalização resultou em efeitos nulos.
A pesquisa utilizou dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) do IBGE, abrangendo 2005 a 2013, para analisar o hábito de fumar dos entrevistados.
A lei federal anti-tabagismo foi implementada em **2011**, com efeitos reais a partir de **2014**. A queda de **18%** em 2013 significou 147 mil fumantes a menos, além de reduzir a exposição de não fumantes e aumentar a pressão social contra o ato de fumar.
Steffens indica que, se as restrições fossem aplicadas em todo o país, cerca de **720 mil jovens** a menos poderiam estar fumando em 2013. O efeito a longo prazo pode ser ainda maior, com mais adultos largando o vício.
A autora também aponta que algumas políticas antitabagismo, como o aumento de impostos e a definição de preços mínimos, podem ser menos eficazes, especialmente em países em desenvolvimento onde há contrabando de produtos.