Flávio Bolsonaro encontra representante de Trump, mas nega discussão sobre sanções contra Moraes
Flávio Bolsonaro esclarece reunião com representante do Departamento de Estado dos EUA, negando ligação com sanções ao STF. Divergências sobre a agenda dos diplomatas americanos geram controvérsia entre membros da família Bolsonaro e a embaixada dos EUA.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) encontrou, nesta segunda-feira, um integrante do Departamento de Estado de Trump, mas negou ter discutido sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A informação contradiz seu irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que alegou tratar-se de uma visita para discutir a atuação do magistrado.
A reunião ocorreu no gabinete de Flávio no Senado, com a presença de Ricardo Pita, conselheiro sênior para assuntos do Hemisfério Ocidental. A divisão do governo Trump criticou decisões de Moraes que multaram empresas americanas, levando a uma nota de repúdio do Itamaraty.
Flávio afirmou: “Havia pedido uma reunião para tratar de segurança pública. O assunto não tem nada a ver com sanções.”
Divergências sobre a agenda da comitiva americana também surgiram entre Eduardo e a embaixada dos EUA. Eduardo publicou que a visita visava discutir punições a Moraes, sugerindo que David Gamble estaria envolvido. Em entrevista, afirmou ter se encontrado com membros do Departamento de Estado e Casa Branca.
No entanto, a embaixada dos EUA esclareceu que a viagem visava "reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais" e programas de sanções voltados ao combate ao terrorismo e tráfico de drogas.
Eduardo rebateu a nota, atribuindo as divergências ao governo Biden: “O corpo diplomático ainda é da administração Biden?”