Fluxo de turistas estrangeiros para os EUA cai 10% em março; banco prevê perda de US$ 90 bi este ano
Estados Unidos enfrentam um impacto significativo no PIB devido à queda no turismo estrangeiro e boicotes a produtos americanos. As restrições de viagem e as tensões geopolíticas estão gerando incertezas no setor, que era uma importante fonte de receitas.
A economia dos EUA poderá perder bilhões em receitas em 2025 devido à queda no turismo estrangeiro e boicotes a produtos americanos, aumentando o risco de recessão.
Chegadas de não cidadãos aos EUA caíram quase 10% em março em relação ao ano anterior. O Goldman Sachs estima que a redução das viagens pode impactar em 0,3% do PIB, ou cerca de US$ 90 bilhões.
O turismo tinha sido um ponto positivo após a pandemia, mas muitos visitantes estão reavaliando suas viagens devido a hostilidade nas fronteiras e tensões geopolíticas.
Exemplo disso é o canadense Curtis Allen, que cancelou a viagem aos EUA e está evitando produtos americanos. Ele afirma: “Vamos gastar o mesmo dinheiro, só que em outro lugar.”
No último ano, viajantes internacionais gastaram um recorde de US$ 254 bilhões nos EUA. No início de 2025, as expectativas eram de recebimento de 77 milhões de visitantes, quase atingindo o recorde de 2019, mas os relatos de detenções em aeroportos mudaram esse panorama.
A Bloomberg Intelligence aponta que quase US$ 20 bilhões em gastos com varejo podem estar em risco. Sinais de retração já surgem com a queda de preços de passagens aéreas e hospedagem.
Reserva de voos do Canadá para os EUA caiu 70%, e hotéis da Accor SA relatam queda de 25% nas reservas de turistas europeus, atribuídos às detenções nas fronteiras.
Economistas do Goldman Sachs acreditam que o crescimento do PIB dos EUA ficará abaixo das expectativas devido a tarifas e retaliações estrangeiras.
Apesar das dificuldades, Oregon continua buscando atrair turistas estrangeiros, avaliando ajustes na estratégia para focar em visitantes domésticos. Todd Davidson, CEO da comissão de turismo do Oregon, afirma: “Estaremos aqui quando nossos visitantes internacionais sentirem que é hora de voltar.”