Fluxo para fundos de crédito deteriora qualidade de garantias de ofertas, dizem gestores
Gestores de crédito alertam sobre a necessidade de cautela na compra de títulos em um cenário de alta demanda e pressão nos spreads. Eles destacam a importância de garantir a qualidade das emissões e monitorar a situação financeira das empresas.
Gestores de Crédito Privado Debatem Desafios no TAG Summit
No TAG Summit em São Paulo, gestores de crédito, como André Fadul (Safra Asset), Alexandre Theoharidis (Polígono Capital) e Samer Serhan (JiveMauá), discutiram a redução de exigências para aquisição de títulos de dívida, impulsionada pelo grande fluxo de recursos.
Fadul destacou a permissividade em momentos de "bull market", com a emissão de títulos sem covenants e com alavancagem liberada. Ele enfatizou a importância de avaliar garantias e a necessidade de cautela, mesmo com uma visão construtiva para o crédito.
Theoharidis alertou que a Selic alta pressionará as empresas, exigindo maior consumo de caixa para o pagamento de dívidas, o que pode resultar em spreads inadequados. Ele mencionou que a política de "buy and hold" reforça a necessidade de operações bem estruturadas.
Serhan observou um paradoxo entre a sensibilidade do cenário econômico e o bom desempenho do mercado de capitais. Ele acredita que investir em crédito em 2025 oferecerá menor risco, apesar das preocupações sobre a desaceleração econômica global.
Para proteção, Theoharidis mencionou o foco da Polígono em setores mais resilientes e operações estruturadas, buscando prêmios elevados com risco controlado. Ele citou exemplos de crédito nichado como estratégia para enfrentar o cenário atual.