FMI afirma não esperar recessão este ano, apesar das tarifas de Trump
Chefe do FMI alerta para os efeitos das tarifas de Trump na economia global e defende a cooperação entre países. Georgieva enfatiza a necessidade de reformas e adaptação a um mundo em constante mudança.
Tarifas de Donald Trump desaceleram economia global, mas não devem levar à recessão, afirma Kristalina Georgieva, chefe do FMI, em discurso no dia 17.
Georgieva explica que as projeções de crescimento são baixas, mas não indicam recessão. As reuniões do FMI e do Banco Mundial começam na próxima terça-feira, onde serão apresentadas previsões atualizadas.
Desde 5 de abril, Trump impôs tarifas mínimas de 10% sobre produtos importados, com tarifas de até 145% para produtos chineses. Isso elevou a taxa efetiva de tarifas para cerca de 20%, um nível não visto há quase um século.
As tensões comerciais entre Estados Unidos e China aumentaram, com Pequim retaliando com tarifas de 125% sobre produtos americanos. Georgieva alerta que países menores podem sofrer as consequências desse conflito comercial.
A chefe do FMI acredita que, apesar dos desafios, existem oportunidades de cooperação para criar uma economia global mais equilibrada e resiliente. Ela destaca a necessidade de reformas nos países, especialmente em estruturas orçamentárias e produção.
As soluções propostas incluem:
- Reformas no setor bancário
- Modificações nos mercados de capitais
- Alterações nas regras de concorrência
- Ajustes em direitos de propriedade intelectual
- Adaptação à inteligência artificial
Georgieva enfatiza que reequilíbrios são desafiadores, mas necessários. Em um mundo multipolar, a cooperação é a prioridade e o FMI deve ser um espaço essencial para o diálogo.
*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira