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FMI cobra EUA por ajuste fiscal em meio a promessas de Donald Trump de reduzir impostos

FMI alerta sobre a crescente dívida dos EUA e a necessidade de políticas fiscais sustentáveis. A avaliação surge após o rebaixamento da nota de crédito do país pela Moody's e em meio à pressão por cortes de impostos.

Gita Gopinath, primeira vice-diretora-gerente do FMI, afirmou que os déficits fiscais dos Estados Unidos estão em níveis elevados e precisam ser reduzidos.

A dívida dos EUA está "em constante crescimento", alcançando 98% do PIB, comparado a 73% há dez anos. Gopinath defendeu uma política fiscal que busque a redução da dívida em relação ao PIB.

O alerta surgiu após a Moody's rebaixar a nota de crédito dos EUA, perdendo o selo máximo de triplo A. O presidente Donald Trump quer estender os cortes de impostos de 2017, mas analistas não acreditam que isso reduzirá a relação dívida-PIB.

O governo Trump prevê que a proposta de legislação tributária aumentaria os déficits orçamentários dos atuais 6,4%% para 9%% até 2035. Trump pressiona os republicanos na Câmara a apoiar a legislação, sob risco de aumentar impostos.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o rebaixamento da Moody's é um "indicador atrasado" da situação fiscal na gestão Biden, prometendo reduzir o déficit para 3%% até o término do mandato.

Embora o FMI esperasse a queda do déficit fiscal neste ano, essa previsão não considerou a proposta tributária de Trump. Gopinath concordou que Bessent fez um "chamado claro" para a redução dos déficits.

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