FMI pede que EUA reduzam déficit fiscal com receio do plano de corte de impostos de Trump
Gita Gopinath destaca a urgência de agir sobre o déficit fiscal dos EUA, especialmente em um contexto de incertezas econômicas globais. A declaração surge após a Moody's rebaixar a nota de crédito americana, refletindo preocupações com a sustentabilidade da dívida do país.
Vice-diretora do FMI, Gita Gopinath, pediu aos Estados Unidos que reduzam seu débito fiscal e enfrentem o “bardo da dívida” em crescente expansão, em meio a preocupações sobre um possível corte de impostos defendido pelo presidente Donald Trump.
Em entrevista ao Financial Times, Gopinath afirmou que os déficits fiscais dos EUA são “grandes demais” e devem ser cortados, especialmente em tempos de insegurança econômica, mesmo com a recente trégua comercial de 90 dias entre EUA e China.
A sua declaração veio após a Moody’s rebaixar a nota de crédito dos EUA para abaixo do máximo (AAA), devido a crescentes preocupações sobre a dívida. A proposta de Trump para prorrogar cortes de impostos aumentou o desconforto entre investidores.
O governo defende que os cortes, junto à desregulamentação, resultarão em crescimento econômico, porém, a Moody’s e os mercados financeiros permanecem céticos.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse à NBC que o rebaixamento foi um “indicador defasado”, responsabilizando o governo anterior. Ele afirmou que o governo está “determinado a reduzir os gastos e estimular o crescimento” e que pretende cortar o déficit para 3% até o final do mandato de Trump.
Gopinath enfatizou que a dívida dos EUA em relação ao PIB está “em constante crescimento” e que a política fiscal deve ser adequada para reduzir a dívida ao longo do tempo, conforme o FT.