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'Foi assustador': carta de 83 anos detalha estragos da grande enchente de 1941 no Rio Grande do Sul

Relato de enchente em 1941 revela os impactos devastadores da história em Porto Alegre, que se repetem décadas depois. A cidade enfrenta nova tragédia, com milhares de desabrigados e recordes de cheia no Guaíba.

Carta de 1941 revela enchente histórica em Porto Alegre

Uma carta de Helena Silva Stein, escrita em 1941, descreve a devastação causada por uma enchente em Porto Alegre: "a cidade esteve vários dias às escuras, sem água, sem leite, sem jornal".

Helena, que morreu em 2023 aos 98 anos, enviou o relato à irmã Flávia. Na época, ela tinha 16 anos e estava em Porto Alegre, onde a casa da família foi abrigo para muitos desabrigados.

A enchente, que ocorreu em maio de 1941, resultou em 4,76 metros de elevação do rio Guaíba e durou 22 dias de chuvas. Estima-se que 17 mil pessoas se tornaram desabrigadas.

Helena relatou que "o telégrafo interrompeu" e que a cidade ficou praticamente isolada. As escolas foram transformadas em abrigos e alimentos foram distribuídos pelos professores.

A situação a marcou profundamente, e sua filha, Elenara Stein Leitão, observa que Helena sempre relembrava aqueles dias de medo.

Relatos semelhantes vem à tona com outras pessoas da época, como Renata Cid Bacil Karam, que possui fotos e descrições do avô sobre a enchente.

A enchente de 2024 superou a de 1941, alcançando 5,35 metros e atingindo 615 mil pessoas, com 538,2 mil desalojados. A cidade enfrentou problemas semelhantes, com escolas novamente servindo de abrigo.

Resumo solidifica a relevância histórica das tragédias naturais enfrentadas por Porto Alegre e a resiliência de seus habitantes ao longo das décadas.

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