'Fome aguda' atingiu 295 milhões de pessoas em 2024 por causa de conflitos e crise climática
A insegurança alimentar atinge recordes históricos, com 295 milhões de pessoas afetadas em 2024. Conflitos armados e a crise climática são os principais responsáveis por essa situação alarmante, que promete se agravar em 2025.
Relatório Global sobre Crises Alimentares: Aumento contínuo de pessoas com insegurança alimentar pela sexta vez consecutiva.
Em 2024, a fome aguda afetou 295 milhões de pessoas em 53 países, um recorde. Causas principais: conflitos armados e crise climática. Perspectivas para 2025 são críticas, com redução da ajuda internacional.
Do total, 1,9 milhão ficou à beira da fome, o maior número desde 2016. Principais áreas afetadas: Sudão e Faixa de Gaza, com 95% da população em situação extrema. O relatório destaca o fechamento das passagens em Gaza e a guerra civil no Sudão.
Rein Paulsen, diretor da FAO, alerta: "Escassez extrema de alimentos" com 24 milhões no Sudão enfrentando insegurança alimentar aguda.
Fatores: Conflitos, clima e economia. Conflitos e violência afetaram 140 milhões de pessoas em 20 países, e desastres climáticos impactaram 18 países.
A crise econômica, cortes de financiamento e saída dos EUA como maior doador agravam a situação. No entanto, avança o Afeganistão, com três milhões a menos em insegurança alimentar.
Em contraste, a situação em Sudão, Mianmar e Gaza ofusca os avanços em outras regiões. António Guterres destaca que "a fome propaga-se mais rápido que nossa capacidade de resposta".