HOME FEEDBACK

Fora do colchão: após fim do controle cambial, Milei quer que argentinos usem seus dólares guardados

Presidente Javier Milei visa recuperar confiança dos argentinos ao incentivar o investimento de dólares guardados em casa. Medidas a serem anunciadas visam facilitar o retorno desses recursos ao mercado, sem exigir justificativas de origem.

Decisão de Javier Milei traz estabilidade à economia argentina

O presidente da Argentina, Javier Milei, suspendeu o cepo, que limitava o mercado cambial desde 2011. Essa mudança não provocou aumento no dólar nem corridas, resultando em uma fase de normalização e estabilidade econômica. O movimento nas cuevas (mercados paralelos) diminuiu consideravelmente, segundo o GLOBO.

Após essa ação, Milei deseja atrair os US$ 214 bilhões que os argentinos mantêm fora do sistema. Durante evento, a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, comentou sobre esses valores, sugerindo que, se investidos, poderiam transformar o país.

O plano de Milei incluirá a eliminação da necessidade de justificar a origem do dinheiro. Ele acredita que isso ajudará a reconquistar a confiança após anos de desconfiança em governos anteriores.

Além disso, Milei introduz o conceito de dolarização endógena, sugerindo que os dólares dos argentinos poderiam, gradualmente, remodelar o sistema cambial. Ele cogita até a possibilidade de fechar o Banco Central.

No centro de Buenos Aires, o movimento nas cuevas diminuiu, com cambistas relatando a queda na atividade. Um cambista afirmou que os turistas desapareceram devido aos altos preços, e muitos passaram a usar bancos e casas de câmbio oficiais.

Ainda há resistência na informalidade: muitos pequenos empresários operam fora do sistema, criando um desafio a longo prazo para a política de Milei. Embora o contexto econômico seja promissor, a eliminação da informalidade e a conquista da confiança da população continuam sendo questões centrais.

O economista Gustavo Lazzari observa que a suspensão do cepo trouxe previsibilidade e otimismo aos empresários, com um aumento no interesse por investimentos. Entretanto, o encarecimento da vida na Argentina tem preocupado especialmente as classes média e média baixa.

Leia mais em o-globo