Forças de segurança desmantelam suposta tentativa de golpe de Estado na Armênia, diz premiê
Forças de segurança armênias desmantelam suposto plano de golpe liderado por arcebispo da oposição. O governo alega que o esquema envolvia recrutamento de ex-militares e um plano para desestabilizar o Estado.
Primeiro-Ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, anunciou nesta quarta-feira (25) o desmantelamento de um suposto plano de golpe de Estado envolvendo o arcebispo Bagrat Galstanyan, líder da Igreja Apostólica Armênia e opositor ao governo.
- Galstanyan teria conspirado com ex-militares para tomar o poder, segundo denúncias.
- Autoridades acusam que ele e seus aliados "adquiriram meios para cometer um ataque terrorista".
- Grupo teria recrutado mais de 1.000 pessoas, incluindo ex-soldados e policiais, para incitar violência e bloquear estradas.
- Operações de busca ocorreram na residência de Galstanyan.
- Pashinyan descreveu o plano como de um "clero criminoso-oligárquico" em seu canal no Telegram.
O governo divulgou gravações de áudio de Galstanyan discutindo o golpe, enquanto seus assessores negam as acusações. O deputado Garnik Danielian criticou o ato como uma ação de "regime ditatorial".
Recentemente, outro opositor, o bilionário Samvel Karapetyan, foi preso sob acusações semelhantes. Pashinyan, no poder desde 2018, enfrenta crescente crítica após a derrota militar para o Azerbaijão em 2020.
A região de Nagorno-Karabakh, controlada por armênios, foi alvo de conflitos com o Azerbaijão desde os anos 1980, resultando em muitas tensões geopolíticas, especialmente após a última ofensiva azerbaijana em setembro de 2023.
Eleição parlamentar: prevista para junho de 2026, o governo deve lidar com a insatisfação crescente e a segurança nacional até então.
Relações da Armênia com a Rússia têm se deteriorado, mas o Kremlin declarou que a situação do golpe é um assunto interno do país.