França anuncia corte de 44 bi de euros em gastos para frear dívida pública
França implementa pacote de austeridade para reduzir déficit orçamentário, com medidas impopulares como corte de feriados e congelamento de gastos. O governo busca equilibrar suas contas públicas e cumprir metas da União Europeia até 2029.
O primeiro-ministro da França, François Bayrou, anunciou, nesta terça-feira (15), um pacote de corte de gastos de 43,8 bilhões de euros para controlar a dívida pública.
O plano inclui:
- Congelamento dos gastos públicos em 2026, exceto no setor de defesa;
- Não substituição de 1/3 dos servidores públicos aposentados;
- Eliminação de dois feriados nacionais (ingresso possivelmente da segunda-feira após a Páscoa e 8 de maio).
O débito orçamentário da França foi de 5,8% do PIB no ano passado, quase o dobro do limite da União Europeia de 3%. A crise política e a queda na arrecadação dificultaram o controle dos gastos.
As medidas, especialmente a redução de gastos sociais, são esperadas como impopulares. O objetivo é reduzir o déficit para 5,4% do PIB este ano e 4,6% em 2026, alcançando a meta de 3% até 2029.
O presidente Emmanuel Macron delegou a Bayrou a missão de reorganizar as contas públicas após uma crise política que levou a um Parlamento fragmentado. Bayrou sugere medidas mais austeras e compara a situação atual à da Grécia, que enfrentou anos de austeridade.
As propostas incluem congelamento das aposentadorias e limites nos gastos sociais e de saúde. Bayrou precisará da aceitação da oposição no Parlamento para evitar uma nova moção de censura.
O projeto detalhado será enviado ao Parlamento em outubro.