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Fraude do INSS: beneficiários dizem que descontos ilegais começaram antes de 2019; veja relatos

Aposentados relatam ter sido vítimas de descontos indevidos em suas aposentadorias, com cobranças sem autorização ocorrendo por muitos anos. O governo suspendeu os acordos com entidades associativas e um novo plano de ressarcimento está em desenvolvimento.

Aposentados e pensionistas do INSS relatam descontos indevidos em seus contracheques, ocorridos anos antes da revelação de um esquema de fraudes. Uma operação da Polícia Federal e da CGU identificou um desvio de quase R$ 6,3 bilhões, onde beneficiários pagavam mensalidades irregulares sem autorização.

A investigação mostrou que entidades cadastravam aposentados com assinaturas falsas para realizar descontos. Em resposta, o governo suspendeu acordos do INSS com associações envolvidas. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido e substituído por Gilberto Waller Júnior, que prometeu um plano de ressarcimento.

Um caso destacado é o de Odilon Guimarães, 74 anos, que enfrentou descontos indevidos começando em 2006. Após 15 anos, conseguiu cancelar os débitos apenas em 2021, totalizando R$ 6,5 mil em cobranças indevidas.

Outro exemplo é o de Maria da Glória, que enquanto aposentada, teve 41 empréstimos consignados fraudados, resultando em um prejuízo de R$ 160 mil. As investigações agora se expandem para incluir fraudes relacionadas a empréstimos consignados.

Como identificar e cancelar descontos indevidos:

  • Acesse o Meu INSS e verifique seu extrato para identificar descontos.
  • Para excluir cobranças, requira o serviço de exclusão pelo aplicativo ou central 135.
  • Solicite o bloqueio de descontos futuros no mesmo portal.

O INSS pode ser contatado diretamente para registrar reclamações de descontos não autorizados, com opções de contato disponíveis para ressarcimento.

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