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Fraude do INSS e falta de 'resultados concretos' mantêm popularidade de Lula no pior patamar

Análises apontam que a crescente desaprovação do governo Lula, impulsionada pela fraude no INSS e pela falta de medidas concretas, pode comprometer seus planos de reeleição em 2026. Especialistas ressaltam a desconexão entre as propostas anunciadas e a realidade enfrentada pela população, aumentando a percepção negativa sobre a administração atual.

Impacto da fraude do INSS e desaprovação do governo Lula

Analistas da EXAME avaliam que a fraude do INSS e a demora na transformação de propostas em ações concretas podem complicar a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.

No dia 4, a pesquisa Genial/Quaest mostrava uma desaprovação do governo de 57%, enquanto o levantamento do Gerp, no dia anterior, indicava 61%.

O cientista político Felipe Nunes menciona uma contradição: mesmo com a percepção negativa da economia caindo, a avaliação de Lula piora entre seus principais grupos de apoio.

Nunes aponta um desequilíbrio informacional, com notícias negativas sobre o governo superando as positivas em mais de dobro. As fraudes do INSS e a corrupção foram os temas mais citados entre as críticas.

A Polícia Federal revelou um esquema de desvios de descontos do INSS. O governo tenta agilizar a devolução de valores, com um sistema de questionamento disposto em 14 de abril e um cronograma de devoluções a ser anunciado até o fim de abril.

Apesar de iniciativas como crédito para reformas e benefícios para motoristas, 60% da população ainda desconhece essas propostas, o que aumenta a percepção de que o atual mandato de Lula é pior que os anteriores.

Entre as desconfianças, 48% acreditam que Lula não é bem-intencionado e 70% afirmam que ele não cumpre promessas de campanha.

Fabio Zambeli, da Ágora Assuntos Públicos, sugere que a lentidão na conversão de propostas em ações e a falta de uma agenda clara impactam a popularidade do governo. Ele acredita que a aprovação em torno de 40% é um piso, dado o cenário político atual.

Zambeli adiciona que o afastamento da centro-esquerda moderada diminui a capacidade do governo em formar uma maioria social ampla, uma estratégia insustentável perante a crescente rejeição a Lula.

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