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Fraude do INSS: PF aponta assinaturas falsas em associações que desviaram R$ 300 mi

Perícias indicam que entidades fraudulentas no Sergipe usaram assinaturas falsificadas de beneficiários do INSS. A investigação aponta para um esquema de desvio bilionário que impactou milhões de aposentados.

Investigações da Polícia Federal revelam que duas associações em Sergipe, ligadas a fraudes no INSS, usaram assinaturas falsas de beneficiários. O desvio estimado é de R$ 6,5 bilhões.

A divulgação ocorreu no domingo (5) pelo Fantástico e faz parte de uma operação iniciada em abril, resultando na prisão de empresários e afastamento de autoridades do INSS.

O delegado Carlos César Pereira de Melo informou que a falsificação foi encontrada em documentos para autorizar descontos em folha. A situação remonta a uma decisão do INSS de 2019 que permitiu cobrir mensalidades associativas com assinaturas simples.

As entidades investigadas, Associação Universo e APDAP Prev, movimentaram mais de R$ 300 milhões em 21 meses, envolvendo 629 mil associados, superando a população de Aracaju.

Os repasses do INSS foram direcionados a empresas ligadas a Alexsandro Prado Santos e Sandro Temer de Oliveira, presos preventivamente e considerados os controladores.

Descontos de R$ 30 a R$ 50 passavam despercebidos nos pagamentos dos aposentados, disfarçados como “contribuição associativa”.

A nova fase da investigação é um desdobramento do escândalo que resultou na demissão do presidente do INSS e na renúncia do ministro da Previdência. Estima-se que 4,1 milhões de beneficiários tenham sido afetados por descontos indevidos.

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PF