Fraude no INSS: associações usaram robôs para descontar aposentadorias
Tecnologia avançada é utilizada por entidades para fraudar benefícios do INSS, resultando em aumento significativo nos descontos. A Polícia Federal investiga o esquema que prejudica aposentados e pensionistas em bilhões de reais.
Fraude no INSS: entidades associativas são acusadas de usar call centers e robôs para aplicar descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas.
A prática envolve o uso de URA Digital e robocalls, sistemas que automatizam interação com usuários. Essas tecnologias, comuns em empresas de telemarketing, permitem chamadas ativas, aumentando o número de abordagens.
Dados da CGU mostram que os descontos associativos no INSS saltaram 119% de 2023 para 2024, subindo de R$ 1,3 bilhão para R$ 2,8 bilhões. O total em 2022 foi de R$ 706 milhões.
Uma gravação obtida pela CNN Brasil revela que atendentes confirmam o uso da URA para oferecer "benefícios". No entanto, houve confusão, pois a URA não realiza chamadas sozinha — depende dos robocalls.
A Anatel está monitorando práticas irregulares e implementou medidas para proteger consumidores, enquanto o INSS reafirma que não permite abordagens irregulares e exige autorização expressa para descontos.
As fraudes estão sob investigação na operação Sem Desconto da PF, que apura um esquema de até R$ 6,5 bilhões descontados de beneficiários entre 2019 e 2024.