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Fraude no INSS pode ser a maior desde os anos 1990, dizem especialistas

Operação Sem Desconto da PF revela esquema gigantesco de fraudes na Previdência. Estima-se que R$ 6,5 bilhões em descontos indevidos afetam milhões de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024.

Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, investiga esquema de descontos indevidos na Previdência Social, com estimativa de prejuízo de R$ 6,5 bilhões entre 2019 e 2024.

O professor Luis Felipe Lopes Martins compara a investigação com o escândalo da previdência de 1992, onde R$ 2 bilhões foram desviados por Jorgina de Freitas.

Durante a operação, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, sequestro de bens no valor de R$ 1 bilhão e 6 prisões temporárias. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido.

O governo suspendeu acordos de descontos e pretende ressarcir os valores, mas ainda não explicou como. Existem 6 milhões de pessoas que tiveram descontos, e a CGU afirma que 97,6% dos aposentados e pensionistas enfrentaram descontos não autorizados.

A equipe econômica do governo admite que o ressarcimento pode impactar o Orçamento Federal.

A presidente da OAB-SP, Joseane Parodi, alerta que as ações judiciais já existem, com 1.120 processos pendentes. Os valores devolvidos podem incluir multas e indenizações.

O INSS e as associações serão responsabilizados, podendo enfrentar ações de improbidade administrativa e multas. O professor Martins sugere um ressarcimento centralizado para evitar caos nos tribunais.

Beneficiários devem verificar extratos pelo aplicativo Meu INSS para solicitar a exclusão de descontos indevidos de forma automática e sem a necessidade de presença física.

Verificar o histórico de pagamentos é essencial para prevenir problemas futuros com descontos e fraudes.

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