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Fraude no INSS: quase 1,5 milhão de aposentados que não autorizaram descontos pedem reembolso

A definição de um esquema fraudulento de descontos levou ao pedido de reembolso por quase 1,5 milhão de beneficiários. O governo promete ressarcir os prejudicados, mesmo que isso signifique utilizar recursos públicos.

BRASÍLIA – Quase 1,5 milhão de aposentados e pensionistas do INSS pediram reembolso de mensalidades descontadas sem autorização.

Em quatro dias, o número de registros chegou a 1.467.933. O governo se comprometeu a ressarcir todos os afetados pelas fraudes.

Os pedidos foram motivados pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU), que investigam fraudes em mensalidades descontadas diretamente da folha de pagamento.

Suspeitas incluem lavagem de dinheiro, corrupção e enriquecimento ilícito envolvendo funcionários. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outros dirigentes foram afastados, e o ministro da Previdência, Carlos Lupi, pediu demissão.

Entre 14 e 17 de outubro, o INSS registrou 1.494.956 consultas; 98% dos beneficiários contestaram os descontos. 27.023 reconheceram a autorização.

As associações têm 15 dias úteis para responder. Se não provarem a autorização, deverão ressarcir o INSS. Caso contrário, o caso será enviado à Advocacia-Geral da União (AGU).

O governo garantiu que o ressarcimento será feito com valores bloqueados de bens das associações investigadas ou, se necessário, com recursos da União.

O novo ministro, Wolney Queiroz, assegurou que todos os afetados serão reembolsados. O procurador Hebert Mesquita comentou que será difícil cobrir os prejuízos apenas com bloqueios e que o governo pode precisar usar parte do Orçamento para restituições.

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