Fraude no INSS: veja o que se sabe sobre a devolução para quem teve valores desviados
Reunião no Palácio do Planalto busca definir estratégia de ressarcimento para 4,1 milhões de aposentados e pensionistas afetados por fraudes no INSS. O governo considera usar uma folha suplementar de pagamento para garantir que os valores sejam devolvidos nas contas dos beneficiários.
Governo federal ainda não definiu como será o ressarcimento de aposentados e pensionistas vítimas de fraudes no INSS.
Fraudes envolveram associações que cadastravam beneficiários sem autorização e realizavam cobranças ilegais.
Em reunião no Palácio do Planalto nesta terça (6), não houve anúncios concretos sobre o plano de ressarcimento. Um novo encontro está agendado para quarta-feira (7).
O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, informou que o governo considera ressarcir os valores diretamente na conta onde os beneficiários recebem os pagamentos. A ideia é usar uma folha suplementar de pagamento.
“Nada de PIX, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco”, disse Waller, alertando sobre novos golpes.
Estimativa aponta que 4,1 milhões de beneficiários foram afetados, com um prejuízo total de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Uma das opções é permitir que aposentados indiquem, pelo aplicativo Meu INSS, os valores descontados indevidamente. No entanto, muitos têm dificuldades de acesso à internet.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que as associações fraudadoras sejam processadas. O uso de recursos públicos para garantir o ressarcimento imediato também está em discussão.
A expectativa é que a reunião de quarta-feira traga definições mais claras sobre o uso de recursos públicos e o ressarcimento às vítimas.